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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Apresentação: Oficina de Crônicas.

A Oficina de Crônicas é oferecida anualmente aos alunos da UNATI (Universidade Aberta da Terceira Idade). Durante essa atividade os alunos, com mais de 61 anos de idade, têm a oportunidade de escrever textos a partir de temas propostos e de suas experiências de vida. O projeto visa, a longo prazo, a criação de um acervo de Memórias dos Idosos, através dos efeitos de recepção das crônicas literárias e jornalísticas.

A partir de agora, toda semana, vocês já podem conferir alguns textos produzidos pelos alunos da UNATI. E pra começar, leia a crônica "Mulheres de minha vida" da autointutulada "Rainha do lar", Vandinha Sosa, 64 anos.



Mulheres da minha vida

Dia das mães!
Desde de que me entendo como gente que existe um dia para homenagear as mães. Tenho visto cada vez mais esta festa ser explorada pelo comércio. Eu mesma sempre dei presente a minha mãe. E não me arrependo.
Minha mãe, como não poderia deixar de ser, foi a melhor mãe do mundo. Era forte, genrosa e sábia. Foi pai e mãe, foi mais foi “pãe”.
Deveria ser criado o dia da “pãe”, pois já existem muitas mulheres que criam seus filhos sem ajuda de pais, com esforço redobrado.
Mas viajando nas minhas memórias e nos relacionamentos que tive com mães além da minha, minhas avós, busquei o que de cada uma delas herdei ou até mesmo aproveitei para seguir e aperfeiçoar.
Da minha avó materna, na casa de quem cresci, aprendi as primeiras orações e o jeito educado e respeitoso com que tratava a todos. . Tinha uma presença marcante era uma pessoa de fé.
Da minha avó paterna, com quem convivi menos, tenho mais o temperamento irreverente. Teve uma vida dura. Viúva duas vezes, lavou roupa pra fora para criar onze filhos e cinco netos, filhos de uma filha falecida. Tinha um jeito alegre e até mesmo engraçado. Brigou, lutou e ganhou, pois sempre que a via estava sorrindo.
Tenho convivido com muitas mulheres-mães e procuro observar as características de cada uma.
Agora tenho uma filha-mãe e posso entender o que minha mãe dizia: “ser avó é melhor que ser mãe”.
O que seria melhor ainda é que, quando era apenas mãe de filhos pequenos, tivesse a sabedoria que tenho acumulado.
"E repetindo o cronista Luis Fernando Veríssimo: 'As mulheres são espiãs de Deus. Preparam, literalmente, gente dentro de si e ensinam a viver. Tudo isso é muito mágico: coração de mãe em nossos anjos da guarda.”

Um comentário:

Patrícia Siciliano disse...

Fala, mamãe! Estou orgulhosa por sua crônica ter sido escolhida para inaugurar essa bela iniciativa: um blog para postar os sucessos dos alunos da UNATI, pessoas que temm conteúdo de sobra, como você, minha querida. Continue, sempre! Desenvolva seus talentos, evolua, porque a vida só acaba quando Ele nos chama de volta para casa. Muitos beijos, e boa sorte!