Páginas

terça-feira, 18 de maio de 2010

Crônica do Dia

Hoje temos uma crônica que mostra de uma maneira particular, porém leve, como se apresenta o tema "releitura" no decorrer de nossas vidas. Você vai se identificar, afinal quem nunca se surpreendeu ao reler um livro, ou mesmo ao rever um filme?

Orgulho e Preconceito

 
Uma história vista e lida por uma pessoa em duas etapas de sua longa jornada de vida vai levar a duas conclusões bem diversas uma da outra.
Quando era jovem adolescente, o filme foi visto com o sentimento basicamente romântico e, em muitos trechos, tanto no livro como no filme, eu me sentia a própria Elisabeth, personagem principal. O “príncipe encantado”, na tela, foi muito bem representado por Lawrence Olivier que me encantou com sua pose de fidalgo. A família de Elisabeth era bem diferente da minha e, por causa disso, na maioria das vezes eu os achava meio caricatos: pai, mãe, irmãs, etc. A mentalidade machista era constante na época, mas, mesmo assim, para mim não correspondia a realidade que eu tinha em casa.
O filme, no seu âmago, foi um conjunto de sentimentos, tudo muito enfeitado de coraçõezinhos e florzinhas...
Há poucos anos atrás vi o mesmo filme, com outros atores e também fiz questão de reler o livro.
O livro me pareceu meio prolongado, mas, apesar dos pesares, foi muito interessante ver a sociedade da época com seus pensamentos românticos e machistas e também com um linguajar e relações bem diferentes dos atuais.
Todos os dois filmes foram bem representados e, principalmente, o atual mostrou, com muita precisão e detalhes bem específicos tanto nos ambientes quanto nos vestuários, que o amor é sempre a mola do mundo. Porém, também o são e o dinheiro e o preconceito.
Os sentimentos são iguais em sua essência, em sua base, mas o enfoque dado a eles, há sessenta anos atrás, é bem diferente do que se vê e sente atualmente!

Stella Maria Oliveira Muehlbauer 

Nenhum comentário: