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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Crônica do Dia

Drummond entenderia bem a crônica de hoje, afinal, gastou uma hora pensando um verso que a pena não queria escrever, e no entanto, ainda o inquietava, vivo, dentro de seu peito. O verso de Drummond não queria sair, mas a poesia daquele momento inundou toda a sua vida.

Recomeço

Normalmente, em nossa vida diária, no trato com familiares e amigos, empregamos palavras comuns e de cujo sentido não nos apercebemos muito bem.
Isto acontece, às vezes, porque utilizamos palavras de uso corrente, mas que, subconscientemente, queremos dar-lhes outro sentido, ou outra significação.
Nós, que durante o período letivo, estamos empenhados em aprender a escrever, deveríamos manter esse esforço também durante o período de férias, e continuar escrevendo alguma coisa, pelo menos uma vez por semana. 
No meu caso, especificamente, apesar do interesse em continuar me exercitando durante o período de férias, fiz um apagão em minha memória.
Tal lapso perdurou até uma semana atrás. 
Mesmo assim, essa lembrança não tem a força de me fazer escrever.
Só na noite de ontem, por força da premência de tempo, vi-me obrigado a colocar uma folha de papel sobre a mesa e começar a escrever. 
É bem verdade que nas minhas caminhadas matinais pensei em várias coisas para colocar no papel. 
Infelizmente, a disposição para escrever, parece-me, havia fugido de meu consciente e eu não me motivei a escrever, o que é uma pena, pois somente eu sou o perdedor nessa omissão.
Estas considerações levam-me a pensar que a palavra título desta página não está bem empregada.
Mas também somos levados a considerá-la no seu próprio sentido, pois estamos dando continuidade às nossas atividades semanais na UERJ. 
Entretanto, levando-se em conta o benefício de um treinamento semanal, nessa tão difícil arte de escrever - mesmo estando no período de férias - acho que perdi muito tempo, e sobretudo, perdi um pouco do ritmo.
Nesse sentido o Recomeço não é exatamente a continuação da nossa atividade, mesmo porque, se a mecânica da coisa continua a mesma,  o "élan" psíquico não é mais o mesmo, e é ele o mágico de toda atividade bem conduzida.

Oswaldo Pereira

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