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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Crônica do dia

A aluna Stella Maria Oliveira Muehlbauer, numa aula cheia de aflições em crônicas sobre um acontecimento que chocou a todos, resolveu contar-nos esta pequena história para "salvar-nos da realidade". Acabou deixando-nos mais aflitos ainda. E aí? O que será o estouro?

O Estouro

Como toda cidade do interior, em Vilar, nada acontecia e a vida era sempre tranquila, pacata e plena de mesmices. Cidade? Será que podemos chamas Vilar de cidade? Bem, lá havia uma igreja, uma padaria etc, etc, e tudo o mais para ser considerada cidade. Um ano atrás o seu Manoel da venda resolveu transformá-la, a venda, em supermercado. Portanto, agora, até um supermercado havia em Vilar.
Mas e as pessoas?
As pessoas continuavam as mesmas: tomavam conta da vida de todos...
Certo dia, um barulho foi ouvido, vindo de não sei onde, mas cada um resolveu dar sua versão.
D. Maricota disse que tinha sido um bujão de gás explodindo, D. Idalina assegurou que era o carro do seu Anastácio e este, por sua vez, culpou D. Maricota, dizendo que seu filho (o da D. Maricota) estava fazendo experiências no "pseudo" laboratório que possuía em casa e onde ele, "o pequeno sr. Pardal", tudo repetia, tudo quanto via e escutava seu professor de Química fazendo e testando.
Bem, esqueci de dizer que Vilar tinha até escola de 2º grau (ou "Ensino Médio"?).
Com o tal de estrondo, ou estouro, acontecendo toda tarde no mesmo horário, o povoado estava em polvorosa e até o jornalzinho local media e publicava os decibéis do barulho diário.
Com isso, o dono do jornal aumentou a sua arrecadação diária e uns trocados a mais foram ganhos por causa do interesse de todos. E o disse-que-me-disse continuava...
Ninguém sabia, contudo, que seu Jair, dono de uma pequeníssima loja de eletrodomésticos estava indo à falência e ele mesmo, há alguns meses, tivera uma ideia que achara genial. E a colocara em prática!
Depois de um mês de "estouros", apareceu um cartaz numa árvore do centro da praça da cidade.
Atenção
O sr. Jair, da loja Meu Fogão, tem a resposta! Vá falar com ele e você terá, de graça, um aparelho que ainda não existe em Vilar.
E, com isso, deixo para vocês, meus queridos leitores amigos, a incumbência de adivinhar qual o aparelho que surgiu em Vilar, como novidade do ano.
E o estouro? Fica a cargo de vocês explicarem o fenômeno.
Eu sei... Mas não digo!

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