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terça-feira, 17 de maio de 2011

Crônica do Dia

Hoje teremos a história de um anjo, escrita por Stella Muehlbauer.                                                          


Um Anjo

José e Maria casaram-se. Tiveram uma filha, Rosa, mas cinco anos depois, descobriram a falada incompatibilidade de gênios, como milhões de casais no Mundo inteiro, e separaram-se.
E a vida foi passando. Maria trabalhava numa fábrica e tinha uma "vespa", na qual levava sua filha todos os dias à escola e depois ia para o seu local de trabalho.
Tudo corria bem, mas com muito sacrifício. Eis que um certo dia aparece um estrangeiro imigrante na fábrica; e Jamal, esse era o nome dele, e Maria se apaixonaram. Daí  a terem um filho, poucos meses se passaram. 
Nasceu Henrique, um anjinho que foi-se tornando o bebê mais encantador da redondeza, bochechudo e o mais querido por Rosa, Maria e Jamal. 
Oito meses depois, Maria saiu com a filha e Jamal ficou com o filho em casa, pois esse estava enjoadinho e chorava muito. Houve até uma hora em que Jamal perdeu a paciência e colocou-o raivosamente no berço. 
À noite, Maria acalmou o bebê dando-lhe um banho morno, mas ela notou duas manchas marrons em suas costinhas. Conversou com Jamal e, na sua cabeça, achou que o pai havia batido no filho. Brigaram, desentenderam-se e ela expulsou o marido de casa. 
Injustiçado Jamal deixou o emprego e foi-se embora. 
Alguns meses depois, as manchas continuavam lá e Maria notou algo diferente. Assustou-se e, junto com Rosa, levaram-no ao médico. Este disse que o menino era perfeito e, para surpresa de todos, aquilo eram duas asas que lhe haviam crescido nas costas.
Desanimadas, as duas, resolveram não deixá-lo mais sair de casa. E o tempo foi passando. 
Qual não foi a surpresa! Um belo dia a criança sumiu. Procuravam-na em todos os cantos da casa. Nada! 
Foram até a rua e logo formou-se um grupo solidário de vizinhos que desandou a correr chamando: 
-Henrique!
Após uma hora de buscas viram no céu algo se aproximando! Era o anjinho, voando com as suas asas, lépido e fagueiro e cada vez que alguém se aproximava, mais ele se afastava  para os lados de uma grande floresta que existia perto da periferia da cidade onde moravam. 
E sumiu! Uma Tragédia!
Todos voltaram para casa e as duas desesperadas. 
O pai, onde estava, leu no jornal a notícia (sim, havia saído até nos jornais e na TV) e voltou. 
Fizeram as pazes, mas o anjo nunca mais voltou. Nove meses depois, um outro anjinho nasceu. Este, sem asas, deixou todos alegres e prontos para uma nova vida. 
E foram felizes para sempre...                             
                      

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