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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Crônica do Dia

Pra começar a semana, temos a crônica da aluna Stella, que nos conta sobre a história de um acessório muito famoso: a luva! Então, calcem as suas e mãos à obra!

As Luvas

Se há um conflito de gerações, um deles é a luva.
Nos tempos de outrora, nem se pensava em ir a um casamento, ou a um espetáculo de gala, sem luvas. Existiam até lojas especializadas, como a Luvaria Gomes, em que, junto com os chapéus, eram vendidos todos os tipos imagináveis de luvas.
Na sua origem, a luva vem da mitologia grega, em que Afrodite, enamorada por Adônis, resolveu solicitar as três graças que lhe providenciassem algo que protegesse suas mãos, já que decidira acompanhar o seu amado às caças e não desejava que a alvura delas se prejudicasse.
A mais antiga de que se tem notícia veio junto com Tutancamon, séc.XIV a.c.. Mas, acredita-se que, mesmo o homem pré-histórico já deveria usá-las como proteção contra o frio.
Em 800 a.c., em Esparta, nos regulamentos dos jogos olímpicos, a única vestimenta permitida era a luva.
Bem mais tarde, a variedade delas era enorme. Existiam as de seda, as de algodão, de tafetá, rendadas, ricas com pedras preciosas e pobres, simples, e cada uma delas adequada às situações e também de acordo com as usava.
Na Idade Média, era o início de um duelo entre cavalheiros. Quem se sentia ofendido, jogava-a no rosto do oponente e daí se iniciava a querela. 
Houve uma época em que a luva era o instrumento de corrupção. Enchia-se de moedas uma delas e oferecia-se a quem se queria subornar.
No séc XIX, as mais apreciadas e elegantes eram oriundas de Roma e Paris e algumas vezes costuradas na Inglaterra, o que fazia seu preço elevar-se aos píncaros da vaidade. A etiqueta assim o demonstrava.
Vieram também as de couro, mas, hoje em dia, só conheço as de motoristas e aposto em quem ainda as possuir e, se as desejar, onde comprá-las?
Acho que esse "grande" problema poderá ser resolvido pela internet, mediante uma pesquisa tecnológica e profunda. 
Essa é a real diferenças e conflito entre gerações!

Stella Muehlbauer

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