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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Crônica do dia

Continuando nossas postagens, temos hoje o texto da aluna Stella, que nos conta detalhes e impressões sobre uma escritora tão adorada pelo público e pela crítica: Clarice Lispector. DIVIRTAM-SE!  

Clarice Lispector


Quando ouvi de meus professores que iríamos ler um conto desta autora, resolvi antecipar-me e fiz uma pequena pesquisa sobre sua vida. 
Havia já lido alguns contos dela, mas não me havia aprofundado e sempre ficou uma pergunta: Por que ao lê-la me é passada sua angústia? Por que ela escreve desse jeito?
Descobri que sua família ucraniana e de origem judia emigra para a América e chega finalmente a Maceió, Brasil. Era uma família unida, uns sempre ajudando os outros e aqui todos mudam de nome, exceto sua irmã Tânia. De Maceió vão para  Recife, onde estuda. Clarice sempre escreveu suas histórias diferente de seus colegas (elas não tinham enredo).
Quando chega ao Rio de Janeiro, termina o ginasial, mas começam problemas financeiro e ela, enquanto estuda, trabalha para manter-se.
Casa-se e acompanha o marido de carreira diplomática. Teve dois filhos e um deles é esquizofrênico. Enquanto coleciona prêmios literários, cuida do filho doente. A Segunda Guerra Mundial acontecia e seus escritos vão tendo cada vez mais características sofridas, tristes, profundas, ao mesmo tempo que aprece em seu semblante a tristeza de suas obras.
Nos Estados Unidos, ajuda os brasileiros feridos de guerra e, em 1959, separa-se de seu marido, o que, naquela época, era considerado uma tragédia. 
Sofre queimaduras na mão direita, que quase lhe valeram, ter que amputá-la. 
Tudo isso influencia seus escritos e, finalmente, consegui entender a sensação que eu tinha cada vez que lia Clarice Lispector. Ela foi uma escritora brilhante, mesmo com menos de sessenta anos de existência. Três livros foram editados depois de 1977, ano de sua morte.
Até hoje é celebrada com entusiasmo por escritores de todo o mundo e, é lógico, também aqui nesse nosso Brasil,  onde há mil dificuldades nesse sentido!                 

Stella Muehlbauer

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