Páginas

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Crônica do dia

Iniciando a semana, temos a crônica da aluna Isaura, em que nos conta um caso de família muito conturbado e reflete sobre a maldade do ser humano. Boa leitura!

O mal da maldade

A maldade tem suas facetas. Desde as agressões físicas, verbais e invenções de acontecimentos.
Lendo o conto de Clarice Lispector, lembrei-me de um fato acontecido com uma amiga. O filho engravidou uma moça e quis, mesmo ganhando pouco, assumir e foram morar juntos. A mãe dele tinha uma pequena casa de vila no subúrbio e eles foram morar lá. Aí começou o inferno para o rapaz. A moça era muito temperamental e, embora sabendo do baixo salário do companheiro, reclamava de tudo. Ele trabalhava à noite como porteiro, e de dia ajudava no serviço de casa e olhava o filho. Entre tapas e beijos, tiveram três filhos.
Ela não chegava a casa no horário combinado para que ele saísse para o trabalho. Até que ele, devido aos atrasos, foi despedido. Enquanto não conseguia outro emprego, ele vendia coco, empalhava cadeiras etc.
Vou dar um tempo e pular algumas maldades para não me alongar.
Uma ocasião, queimou a camisa do time dele e jogou-lhe no rosto, que, queimado, teve que ir ao pronto-socorro. Em outra oportunidade, gritava por socorro dizendo que ele a queria matar, gravando tudo no celular. A sorte, ou melhor, a Providência Divina intuiu o vizinho que, ouvindo os gritos, se chegou para oferecer seus préstimos. Encontrou o rapaz na sala embaixo, e ela gritando lá em cima.
Em janeiro deste ano, ela saiu de casa levando os filhos. Ele não sabe onde ela foi parar e não mais viu os filhos.
E pensar que tudo isso aconteceu por ele ganhar pouco, mesmo com emprego.
Há maldade maior? É claro que sempre há.

Nenhum comentário: