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terça-feira, 13 de março de 2012

Crônica do dia

Continuando nossas primeiras postagens do semestre, temos hoje a crônica do aluno Rubim Fortunato, em que nos apresenta um Rio de Janeiro de uma época em que as pessoas andavam num "chope duplo" ou em "chifrudos". Boas lembranças e uma boa leitura!

Lembranças

O Rio que eu conheci, há muito tempo, era bem diferente do atual.
A vida era mais calma. O transporte mais usado era o bonde. Só não os havia para o Grajaú e a Urca, que eram bairros mais novos. Quando aumentaram o número de ônibus, eles não circulavam durante a madrugada e a gente podia esperar na rua até que eles retornassem. Vale a pena recordar que houve ônibus para a Urca, com dois andares, que foram apelidados pelos cariocas de "chope duplo".
Na gestão de Carlos Lacerda como governador do Estado da Guanabara (posteriormente incorporado ao do Rio de Janeiro), foram introduzidos os ônibus elétricos, denominados de chifrudos por causa de suas antenas. Mas havia um problema: elas viviam a cair e o condutor precisava descer e colocá-las no lugar. Quanto aos trens, não houve muitas mudanças: continuam andando ainda mais cheios. Metrô nem pensar, só entraram em funcionamento tempos depois.
Outra particularidade do Rio de outrora era a questão de alugar um imóvel: o costume era pendurar um papelão numa das janelas ou na porta, dispensando o anúncio no Jornal do Brasil, que publicava logo nas primeiras páginas os classificados.
Assim, procurei  apresentar alguns aspectos do Rio de Janeiro de outrora.

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