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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Crônica do dia

Hoje contemplaremos a fábula da aluna Stella Maria Oliveira Muehlbauer. Apreciem a leitura!


O SAPO 

Beatriz era uma mocinha sempre insatisfeita com a vida que tinha. Estava sempre com um olhar triste e, certa vez, caminhando ao redor de um lago que existia perto de sua casa, viu um sapo feio coaxando, parecendo muito velho e lembrou-se de uma certa fábula.
Chegou perto dele e falou:
_ Amigo sapo, que aconteceria se lhe desse um beijo?
Espantada, escutou o animal falando:
_Amiga, faça-o! Beije-me pois transformar-me-ei no mais belo príncipe que você já viu.
Ela então, animada, beijou-o. E... realmente, ele era um lindo homem, olhos azuis, cabelos negros, alto, bem vestido, e, logo a seguir, pediu-lhe a mão em casamento.
Beatriz e a família ficaram felicíssimos! E, casada, Beatriz mudou. Estava sempre rindo e seus olhos brilhavam de felicidade.
Quando a rotina começou, porém, o príncipe Alexandre (assim era o seu nome humano) também foi se transformando. Aliás, não era uma mudança; ele, aos poucos, passou a mostrar o íntimo de seus sentimentos, do seu caráter; orgulhoso, fútil, dava valor só às coisas materiais, era grosseiro com todos. Tinha sempre uma resposta rude para as inocências e ignorâncias da esposa imatura.
Cetra vez chegou a ameaçá-la com um chicote só porque a sopa que ela fizera ficara um pouco salgada.
Beatriz, sofrendo muito, pediu-lhe o divórcio, pois chegou à conclusão que “as aparências enganam” e que, na vida, muitas vezes temos que “engolir muitos sapos” para continuar vivendo!

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