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terça-feira, 2 de julho de 2013

Crônica do dia

Hoje o belo texto é da aluna Ney, que fala da falta de amor em nossa sociedade atualmente. Boa leitura!

Os sofrimentos impostos pela falta de amor

Na quinta passada, esperava o ônibus aqui, na frente da UERJ, que por sinal demorou muito. Lembrava do texto em questão lido em sala de aula. Tudo aconteceu em segundos, e, sem que eu percebesse, fui sacudida bruscamente e roubaram do meu pescoço um cordãozinho com uma medalhinha de São Bento. Aturdida com o acontecido, tendo um arranhão no meu peito e minha blusa sem botão e rasgada, todos ali, em minha volta, me perguntavam se estava tudo bem. Olhei para o chão procurando minha medalhinha, mas não estava. Pensei: tomara que ele, que não vi nem o rosto, olhe para ela e reflita. Desista daquela vida tão perigosa. Eu, sem saber o que responder, passada com o acontecido. 
No momento, revi um filme. Na minha mente voltou o que já ocorreu em outras duas vezes comigo. Lembrei uma vez na praia, distraída com meus amigos, e outra com sacolas de compras, chegando em casa. Esta foi terrível, pois ele mostrava por baixo da bermuda uma arma. Chegou de bicicleta, pensei que ia pedir alguma informação. Que nada, era mesmo um assalto! Pediu que lhe entregasse meus dois cordõezinhos e minha pulseirinha. Como não podia nem me movimentar, pois estava com as mãos ocupadas com as sacolas, ele não conversou, arrebentou meus cordões e minha pulseira. Eu, transtornada, falei: Por que isso? Disse ele em tom ameaçador, "Siga em frente e não olhe para trás. Não fale com ninguém, senão, olha!", mostrando novamente a arma. Aturdida, cheguei em casa, mais uma vez agradecida por não ter acontecido nada pior. 
Sei que todas as minhas medalhas se foram, mas sua proteção ficou comigo. Apesar do susto, rezo sempre para que estas pessoas que cometem todos os tipos de desatino. Indivíduos que não conhecem Deus, não tem estrutura familiar e de amor, vivem sempre egoisticamente se destruindo de todas as formas, sem lembrar que, por mais difícil que a vida lhes pareça, existe uma luz no fundo do túnel, com amor e tolerância. A vontade de crescer será alcançada por muitos.
Voltando ao texto comentado em aula, acredito que aquele professor não tenha feito aquilo gratuitamente, já havia sido chamado de frouxo pela direção, explicação não deu, sabe-se lá por quê. Talvez quisesse falar a língua da turma, para que houvesse melhor aproximação, isto não é desprestigiar o ensino, e sim tentar conviver com situações diferentes daqueles alunos. Neste dia, talvez, tenha havido um grande mal entendido. Este menino não entendeu o que deveria estar acontecendo, não relevou o apelido que deveria ser de costume, sem ser o bullyng usual, falou de forma abusiva ao mestre, o chamando de "cabeçudo". Isto não deveria ser habitual como troca de palavras entre eles, este não deveria estar sendo um dia fácil para os dois e desencadeou uma situação de agressão. Isto acontece nas escolas, pois não existem nem parte de professores, nem da parte dos alunos amizade, respeito, por falta daquilo que sabemos, ambas as partes estão sendo tragadas pela violência e impunidade.
Vamos pedir a Deus que nos oriente nesta hora tão difícil que vivemos.
Agradeço aos professores e colegas.
Ney Bretas  

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