O SAPO
Beatriz era uma mocinha sempre insatisfeita com a vida que
tinha. Estava sempre com um olhar triste e, certa vez, caminhando ao redor de
um lago que existia perto de sua casa, viu um sapo feio coaxando, parecendo
muito velho e lembrou-se de uma certa fábula.
Chegou perto dele e falou:
_ Amigo sapo, que aconteceria se lhe desse um beijo?
Espantada, escutou o animal falando:
_Amiga, faça-o! Beije-me pois transformar-me-ei no mais belo
príncipe que você já viu.
Ela então, animada, beijou-o. E... realmente, ele era um
lindo homem, olhos azuis, cabelos negros, alto, bem vestido, e, logo a seguir,
pediu-lhe a mão em casamento.
Beatriz e a família ficaram felicíssimos! E, casada, Beatriz
mudou. Estava sempre rindo e seus olhos brilhavam de felicidade.
Quando a rotina começou, porém, o príncipe Alexandre (assim
era o seu nome humano) também foi se transformando. Aliás, não era uma mudança;
ele, aos poucos, passou a mostrar o íntimo de seus sentimentos, do seu caráter;
orgulhoso, fútil, dava valor só às coisas materiais, era grosseiro com todos.
Tinha sempre uma resposta rude para as inocências e ignorâncias da esposa
imatura.
Cetra vez chegou a ameaçá-la com um chicote só porque a sopa
que ela fizera ficara um pouco salgada.
Beatriz, sofrendo muito, pediu-lhe o divórcio, pois chegou à
conclusão que “as aparências enganam” e que, na vida, muitas vezes temos que “engolir
muitos sapos” para continuar vivendo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário