Pecado
Esta é uma palavra muito difícil de se entender pois o que é pecado numa parte do mundo, em outras bandas é corriqueiro.
Gula: como separar o pecado da Gula de um lutador de sumo no Japão, das dietas de uma modelo do mundo ocidental? O que era modelo para Rafael nos séculos XV e XVI e para Botero no século XX, não o é para Velásquez e Modigliani que faziam questão de pintar seus modelos gordinhos ou magrinhos. Seria miopia o defeito dos pintores?
Luxúria: no ocidente o “politicamente correto” e lícito de acordo com o código penal, não é lícito no oriente das Arábias onde a poligamia é o status oficial para os homens. Para as mulheres? Nem pensar.
Inveja: o mesmo ocorre em locais diferentes deste nosso planeta de Deus. O que eu invejo aqui, na China é normal e os chineses invejam o que é comum neste Brasil.
Orgulho: em séculos anteriores o orgulho e o preconceito são até tema de literatura clássica. No entanto, se eu tenho orgulho de ser honesta, que dirão os políticos do mundo todo que se orgulham de afanar a todo dia um pouquinho do que vem suadamente do povo trabalhador e honesto?
Ira: como medir o grau da cólera causada por determinados acontecimentos se estamos intimamente ligados a eles ou não? É completamente diferente o que você sente se está sofrendo ou se está lendo determinada notícia num jornal ou vendo na TV.
Preguiça: ter preguiça quando se está cansado de trabalhar de modo braçal é normal, não acham? Mas, quando você trabalha e vive uma vida ociosa, a preguiça se torna um pecado ou não?
Avareza: ter muito dinheiro perece dar ao homem uma certeza: ele é o melhor, ele é o tal! Como medir a avareza que possa existir num rico ou num pobre? Qual a diferença e qual o limite entre economia e avareza?
Diante desses sete pecados, nós chegamos à conclusão que tudo depende do ponto de vista, do meio em que se vive e seria bom que todos levássemos a sério o melhor que podemos fazer, viver, conviver para, no final, a consciência se tornar equilibrada, pura e sem pecado.
E aí? Qual o significado da palavra pecado?
Pecado
Instigada pelos professores da UNATI, comecei a pensar qual seria meu maior pecado. Difícil! Uma vez que o termo pecado não se enquadra no meu vocabulário. Aspiro à objetividade, recuso dogmas, acredito que a razão não pode penetrar no reino do sobrenatural e considero que a concepção de divindade, como nos é apresentada pela maioria das religiões, é contraditória e irracional, sendo logicamente impossível a sua existência.
Ganhar ou perder faz parte do jogo. O importante é competir. Depois de muito pensar, lembrei-me de uma competição que travei anos atrás. Um rapaz de olhos verdes estava seguindo a trilha do “Divino”, ia ser padre com louvor, mas, como diria Drummond, “tinha uma pedra no meio do caminho” e ele tropeçou. Esta pedra era eu.
Segundo a fé cristã, ao criar o homem, Deus o teria habilitado com o “Livre Arbítrio”, assim sendo, o seminarista ao tropeçar na pedra, tinha todo o direito de escolher entre um caminho e o outro e usou seu “Livre Arbítrio”.
Mas será que existe mesmo o “Livre Arbítrio”? É questionável. Com certeza em sua estada e trajetória no seminário, o seminarista já fazia elocuções para o abandono da batina. Suas tendências já vinham sendo discutidas, com certeza, até no âmbito familiar. Eu me sentia a própria Capitu desvirtuando o Bentinho. O que não era a verdade.
O conceito de “Livre Arbítrio” tem implicações religiosas, morais, psicológicas, científicas e sociais. Em psicologia implica que a mente controla certas ações do corpo. Em ética implica que os indivíduos possam ser considerados moralmente responsáveis pelas suas ações. No entanto, a filosofia do determinismo rejeita a idéia do livre-arbítrio, pois sendo o homem fruto do meio ele é destituído da liberdade de decidir e de influir nos fenômenos em que toma parte.
Spinoza compara a crença humana do livre-arbítrio a uma pedra pensando que escolhe o caminho a percorrer enquanto cruza o ar até o local onde cai. Ele diz: “As decisões da mente são apenas desejos, os quais variam de acordo com várias disposições; os homens se consideram livres porque estão cônscios das suas volições e desejos, mas são ignorantes das causas pelas quais são conduzidos a querer e desejar”.
As sociedades, de um modo geral, consideram as pessoas responsáveis pelas suas ações, mas afinal, pode-se considerar alguém responsável por uma ação que poderia ser prevista desde o início dos tempos?
Quando assisti, em 1998, pela primeira vez O Advogado do Diabo, com Al Pacino, Keanu Reeves e Charlize Theron, foi um choque. Keanu Reeves no papel de Kevin Lomax, interpretava um advogado que nunca perdia uma só causa, não importando o tipo de crime ou a culpa do acusado, não sentia remorso nem drama de consciência, só pensava em vencer e continuar vencendo. Seu triunfo nas causas atrai Al Pacino, que interpreta John Milton, o dono de uma empresa famosa, que também só queria vencer. O filme nos desperta para uma reflexão sobre a responsabilidade humana diante do bem e do mal, diante da Vaidade, da ambição, do poder, da corrupção e dói materialismo da globalização. E, em dois momentos do filme, somos surpreendidos pela de Milton “A vaidade é o meu pecado favorito”. Muito bom.
Viver em sociedade exige regras e devemos cumpri-las. O respeito às regras contribui para um relacionamento saudável. A fé independe da religião. Devemos propagar o amor entre os homens e, somente assim, poderemos pensar em um mundo melhor.
Sandra Temporal
PECADO
Tomando-se o livro das origens percebemos que o pecado nada mais é que a “desobediência” do homem ao fazer aquilo que Deus determinou:
“Podes comer do fruto de todas as árvores do jardim; mas não comas do fruto da
árvore da ciência do bem e do mal; no dia em que dele comeres, morrrerás
indubitavelmente”. (Gn 2, l5-l7)
Porém comendo desse fruto o homem passou a perceber o certo e o errado, e passou também a usar seu livre arbítrio, escolher o caminho a seguir.
Foi lhe dado também os Dez Mandamentos. Uma base para fazer as suas escolhas.
Quantos mil anos passados, mudamos os termos: pecado para delitos, crimes, maiores ou menores; mandamentos para leis, códigos, maiores ou menores.
Sem eles viveríamos o caos, maior ou menor.
Sempre que prejudicamos alguém em detrimento de nossos atos e escolhas estamos cometendo um crime: maior ou menor.
Não importa que nome damos a esta seleuma, é preciso que vivamos honestamente, com ética e respeito ao próximo.
“Amar ao próximo como a si mesmo”.
O resumo de todos os mandamentos nos diz que se realmente nos amarmos primeiro saberemos amar ao próximo.
Isso é tudo para que haja paz!
Independente de crermos ou não em Deus!
Vandinha Sosa
Um comentário:
Prezados,
Onde se encontram as informações do Prêmio Lima Barreto?
Abraços,
Guto Pina
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