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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Crônica do Dia

Hoje não postamos uma, mas três crônicas. Elas tratam do tema pecado, que foi muito bem discutido em sala de aula. Com estas crônicas vocês podem se ambientar nas diferentes idéias trabalhadas em sala e levantadas pelos alunos.


Pecado

Esta é uma palavra muito difícil de se entender pois o que é pecado numa parte do mundo, em outras bandas é corriqueiro.

Gula: como separar o pecado da Gula de um lutador de sumo no Japão, das dietas de uma modelo do mundo ocidental? O que era modelo para Rafael nos séculos XV e XVI e para Botero no século XX, não o é para Velásquez e Modigliani que faziam questão de pintar seus modelos gordinhos ou magrinhos. Seria miopia o defeito dos pintores?

Luxúria: no ocidente o “politicamente correto” e lícito de acordo com o código penal, não é lícito no oriente das Arábias onde a poligamia é o status oficial para os homens. Para as mulheres? Nem pensar.

Inveja: o mesmo ocorre em locais diferentes deste nosso planeta de Deus. O que eu invejo aqui, na China é normal e os chineses invejam o que é comum neste Brasil.

Orgulho: em séculos anteriores o orgulho e o preconceito são até tema de literatura clássica. No entanto, se eu tenho orgulho de ser honesta, que dirão os políticos do mundo todo que se orgulham de afanar a todo dia um pouquinho do que vem suadamente do povo trabalhador e honesto?

Ira: como medir o grau da cólera causada por determinados acontecimentos se estamos intimamente ligados a eles ou não? É completamente diferente o que você sente se está sofrendo ou se está lendo determinada notícia num jornal ou vendo na TV.

Preguiça: ter preguiça quando se está cansado de trabalhar de modo braçal é normal, não acham? Mas, quando você trabalha e vive uma vida ociosa, a preguiça se torna um pecado ou não?

Avareza: ter muito dinheiro perece dar ao homem uma certeza: ele é o melhor, ele é o tal! Como medir a avareza que possa existir num rico ou num pobre? Qual a diferença e qual o limite entre economia e avareza?

Diante desses sete pecados, nós chegamos à conclusão que tudo depende do ponto de vista, do meio em que se vive e seria bom que todos levássemos a sério o melhor que podemos fazer, viver, conviver para, no final, a consciência se tornar equilibrada, pura e sem pecado.
E aí? Qual o significado da palavra pecado?

Stella Muehlbauer


Pecado

Instigada pelos professores da UNATI, comecei a pensar qual seria meu maior pecado. Difícil! Uma vez que o termo pecado não se enquadra no meu vocabulário. Aspiro à objetividade, recuso dogmas, acredito que a razão não pode penetrar no reino do sobrenatural e considero que a concepção de divindade, como nos é apresentada pela maioria das religiões, é contraditória e irracional, sendo logicamente impossível a sua existência.
Ganhar ou perder faz parte do jogo. O importante é competir. Depois de muito pensar, lembrei-me de uma competição que travei anos atrás. Um rapaz de olhos verdes estava seguindo a trilha do “Divino”, ia ser padre com louvor, mas, como diria Drummond, “tinha uma pedra no meio do caminho” e ele tropeçou. Esta pedra era eu.
Segundo a fé cristã, ao criar o homem, Deus o teria habilitado com o “Livre Arbítrio”, assim sendo, o seminarista ao tropeçar na pedra, tinha todo o direito de escolher entre um caminho e o outro e usou seu “Livre Arbítrio”.
Mas será que existe mesmo o “Livre Arbítrio”? É questionável. Com certeza em sua estada e trajetória no seminário, o seminarista já fazia elocuções para o abandono da batina. Suas tendências já vinham sendo discutidas, com certeza, até no âmbito familiar. Eu me sentia a própria Capitu desvirtuando o Bentinho. O que não era a verdade.
O conceito de “Livre Arbítrio” tem implicações religiosas, morais, psicológicas, científicas e sociais. Em psicologia implica que a mente controla certas ações do corpo. Em ética implica que os indivíduos possam ser considerados moralmente responsáveis pelas suas ações. No entanto, a filosofia do determinismo rejeita a idéia do livre-arbítrio, pois sendo o homem fruto do meio ele é destituído da liberdade de decidir e de influir nos fenômenos em que toma parte.
Spinoza compara a crença humana do livre-arbítrio a uma pedra pensando que escolhe o caminho a percorrer enquanto cruza o ar até o local onde cai. Ele diz: “As decisões da mente são apenas desejos, os quais variam de acordo com várias disposições; os homens se consideram livres porque estão cônscios das suas volições e desejos, mas são ignorantes das causas pelas quais são conduzidos a querer e desejar”.
As sociedades, de um modo geral, consideram as pessoas responsáveis pelas suas ações, mas afinal, pode-se considerar alguém responsável por uma ação que poderia ser prevista desde o início dos tempos?
Quando assisti, em 1998, pela primeira vez O Advogado do Diabo, com Al Pacino, Keanu Reeves e Charlize Theron, foi um choque. Keanu Reeves no papel de Kevin Lomax, interpretava um advogado que nunca perdia uma só causa, não importando o tipo de crime ou a culpa do acusado, não sentia remorso nem drama de consciência, só pensava em vencer e continuar vencendo. Seu triunfo nas causas atrai Al Pacino, que interpreta John Milton, o dono de uma empresa famosa, que também só queria vencer. O filme nos desperta para uma reflexão sobre a responsabilidade humana diante do bem e do mal, diante da Vaidade, da ambição, do poder, da corrupção e dói materialismo da globalização. E, em dois momentos do filme, somos surpreendidos pela de Milton “A vaidade é o meu pecado favorito”. Muito bom.
Viver em sociedade exige regras e devemos cumpri-las. O respeito às regras contribui para um relacionamento saudável. A fé independe da religião. Devemos propagar o amor entre os homens e, somente assim, poderemos pensar em um mundo melhor.

Sandra Temporal



PECADO

Tomando-se o livro das origens percebemos que o pecado nada mais é que a “desobediência” do homem ao fazer aquilo que Deus determinou:
“Podes comer do fruto de todas as árvores do jardim; mas não comas do fruto da
árvore da ciência do bem e do mal; no dia em que dele comeres, morrrerás
indubitavelmente”. (Gn 2, l5-l7)
Porém comendo desse fruto o homem passou a perceber o certo e o errado, e passou também a usar seu livre arbítrio, escolher o caminho a seguir.
Foi lhe dado também os Dez Mandamentos. Uma base para fazer as suas escolhas.
Quantos mil anos passados, mudamos os termos: pecado para delitos, crimes, maiores ou menores; mandamentos para leis, códigos, maiores ou menores.
Sem eles viveríamos o caos, maior ou menor.
Sempre que prejudicamos alguém em detrimento de nossos atos e escolhas estamos cometendo um crime: maior ou menor.
Não importa que nome damos a esta seleuma, é preciso que vivamos honestamente, com ética e respeito ao próximo.
“Amar ao próximo como a si mesmo”.
O resumo de todos os mandamentos nos diz que se realmente nos amarmos primeiro saberemos amar ao próximo.
Isso é tudo para que haja paz!
Independente de crermos ou não em Deus!

Vandinha Sosa

Um comentário:

Guto Pina disse...

Prezados,

Onde se encontram as informações do Prêmio Lima Barreto?

Abraços,

Guto Pina