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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Crônica do dia

Hoje, o excelente texto da aluna Ângela sobre a relação dentro das escolas atualmente. Boa leitura!


Quem bate? Quem apanha? 


Há dez anos atrás, um jornal, com certo estardalhaço, noticiou que um professor de ensino médio havia apanhado de um aluno. "Tapa na cara", dizia o jornal! O colégio, João Alfredo, pronunciou-se e providenciou a transferência do aluno. 
O tempo passa e vemos com tristeza cenas de verdadeiro pugilato entre alunos, alunos e professores e professores sendo surrados entre muros da Instituição para qual trabalham e se dedicam em prol da melhor educação dos jovens.
Sei que falar de educação de base e dedicação é difícil. Carga horária e programa ser cumprido não batem nunca. Quase sempre dá ao mestre a sensação de que algo mais poderia ser feito com seriedade no investimento dos recursos necessários. Sei de professores que suportam o calor de Santa Cruz, sem ventilador, em classe logicamente barulhenta, por não achar justo ele ter um ventilador de mesa, e a classe nenhum. No entanto, tem laptop à vontade. 

O teto tem infiltração, os banheiros não resistem ao tempo.
No meu tempo, havia um inspetor. Hoje, não sei, mas acho que até nesta hora o mestre é exigido. E ele segue com seus problemas pessoais, sua vontade de acertar e se sente responsável por cada um que vê nele um professor pronto para lhe tirar alguma dúvida ou até mesmo ter um papo amigo.
Amigo, professor, educador, tudo isso em uma só pessoa que não desiste e todo dia recomeça a lição. 

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