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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Crônica do dia

A crônica de hoje foi escrita pelo nosso aluno Aldo Raposo Neves. Um insight causado pela fotografia de um entroncamento de trilhos. Lembra-nos da metáfora da inspiração como passáro, que às vezes nos pousa nos momentos mais simples e inesperados.

 Um ponto de vista ecológico

Ao ver a imagem de um grande entroncamento de trilhos, pensei que, assim como os trilhos se cruzam, os seres humanos se encontram nas estradas da vida.
Comecei a divagar e fui levado pelos seguintes pensamentos...
Após se conhecerem, as pessoas interagem, conversam, se amam, namoram, se casam, caminham junto, se divorciam ou se separam.
Não creio, todavia, em destinos e fatalidades, o que existe é o livre arbítrio das pessoas. As estradas que elas decidem seguir e os entroncamentos que ocorrem possibilitam, então, que elas escolham aproximações amorosas que poderão ser geradoras de bebês.
Mais tarde, os bebês tornar-se-ão adultos e escolherão outros caminhos, tornando possível novos encontros que geram novas interações entre pessoas, permitindo a continuação da vida na Terra.
E s divagações continuaram...
Não gosto dos trilhos, pois as paisagens vistas dos trens passam muito rápidas, impossibilitando um olhar atento e curioso. Além disso, eles nos colocam em caminhos limitados, como se fossem trilhas, percorridas em dois sentidos.
Não aprecio também o caminhar dos carneiros, que seguem o pastor de ovelhas ou o líder do grupo; que os guiam pelos mesmos caminhos, dia após dia.
Gostaria de ver o mundo e a natureza bem do alto, ou sobre as águas dos mares, ou nas profundezas dos oceanos.
Gosto mais da imensidão do céu, da beleza e mistérios do mar. Prefiro navegar nas três dimensões, com 360 opções de rumos: viajar num ultraleve, avião, embarcações a vela ou navios.
Gostaria de ser como os golfinhos, ou como Fernão Capelo Gaivota, ou como as águias e demais pássaros, que não estão sujeitos às limitações das ruas, dos muros das casas, das montanhas, dos fluxos dos rios, das cercas de sítios e fazendas.
Que assim seja!!!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Crônica do dia

O aluno Samuel Kauffmann estava com saudades da Oficina de Crônicas. Pois é, nós também estávamos com saudade das crônicas do Samuel.

Retorno às aulas

À véspera do reinício das aulas da UNATI-UERJ, compareci com o objetivo de inteirar-me, com alguma certeza, dos cursos, salas e horários. Foi com emoção que subi a rampa de acesso do décimo andar. Afinal, foram quase quatro meses de ausência.
Exclamei a mim mesmo: “Poxa! Que saudades!”. Saudades do lugar, da UNATI, dos professores, dos colegas, com os quais convivi por quase um ano.
Frequentei no ano passado três cursos diferentes e optei por continuar com o curso Oficina de Crônicas. Este é um curso que nos proporciona o exercício da cognição, desenvolvimento da escrita, ampliação da consciência com a aquisição de conhecimentos literários, exposição do nosso particular pensamento e sentimentos. E o que é o principal: com liberdade!
Este ano estou matriculado, mais uma vez, em três cursos com características não semelhantes, porém, mais intelectualizados. Digo isto porque dois deles eram da área de ações sociais. Agora, o segundo é o curso “História da Intolerância” e o terceiro é “Ciência não tem Idade”; este com encontros quinzenais, dos quais já perdi a primeira aula – pois estava viajando.
Hoje, mais uma vez subi aquela rampa com emoção, ansioso, olhos úmidos, coração palpitando. E, simultaneamente jubiloso, à medida que ia encontrando os antigos colegas e os
novos que estavam aguardando nossos queridos professores e professoras. Estou envelhecendo e ficando bastante sentimental... Será saudável?
Após as apresentações, percebi o quanto a nossa turma enriqueceu com alunos bem preparados, dispostos a escrever e abrir a alma – o que é um bem para nós, nesta nova jornada que se inicia, onde aprenderemos uns com os outros. Sejam bem-vindos novos colegas!
Lamentavelmente, por motivos aleatórios, uns poucos não poderão continuar estudando aqui conosco. Novamente, fincam saudades antecipadas em meu peito. Contudo, nos esbarraremos por aí na UERJ ou em outro local. Quem sabe? Apareçam e façam-nos uma visita, sempre que puderem! Tenham certeza: serão bem-vindos!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Crônica do dia

Depois de um longo tempo ausentes do blog com os trabalhos de nossos estimados alunos, recomeçamos hoje a publicação das crônicas e contos deles com a participação bastante sugestiva da querida Stella Muehlbauer. Essa é a volta. À partir de hoje, nossas publicações serão diárias (ou quase): de segunda à sexta teremos crônicas ou contos fresquinhos aqui no blog para o deleite de vocês. Até amanhã.

A volta

É sempre difícil começar e ainda mais difícil voltar.
Por motivos alheios à minha vontade, tive de interromper o curso "Oficina de Crônicas", de que tanto gostava e ao qual já estava acostumada. Tão habituada, que eu, que nunca tinha praticado a literatura (só a tinha estudado), passei a ter prazer de escrever, de ler o que havia escrito e feliz ficava quando via as minhas crônicas no blog do nosso curso.
Tudo isso transformou-me (em quê, não sei...) e mudou também a minha "cuca" assim como devem ter sentido todos os colegas antigos da sala.
Apreciava demais ler um mesmo tema, mas enfocado de maneiras diferentes. Sim, pois cada um de nós escreve sobre o mesmo assunto, mas o enfoque vem acompanhado de experiências pessoais vividas, estados atuais e momentâneos de ânimo. No final, os resultados colocados uns ao lado dos outros parecem-me um caleidoscópio lindo e diverso. Cada leitura parece um novo tema!
Adorei poder continuar a participar desta oficina, ainda mais que já conheço algumas pessoas e, quando o ano terminar mais pessoas entrarão no meu "álbum de conhecimentos".
Voltar é sempre bom, especialmente quando se teve uma ida feliz, agradável e simpática.
As dificuldades passam e, passando o tempo, tem-se a impressão que tudo, que aconteceu de negativo nesse intervalo, dilui-se como o sal e o açúcar na água.
Viva a Oficina de Crônicas!
Viva a professora!
Viva o professor!
E vivam cada colega e cada amigo!

Stella Muehlbauer

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Volta às atividades!

Olá caros leitores! 
Depois de um período longo de ausência, estamos de volta! E com força total!!! 
Uma nova turma, novos bolsistas, muitos novos amigos e também muitas crônicas pra nos divertir e atualizar! 
Esse ano decidimos expandir nossos horizontes, incluímos em nosso curso não só o exercício das CRÔNICAS, mas também dos tão queridos CONTOS!!!
Sem esquecer dos EVENTOS que estão aguardando no forno. Em breve notícias quentinhas, AGUARDE E CONFIRA!!!
Esperamos que todos possamos ter um bom tempo juntos!

Em nosso primeiro post do semestre, trouxemos um pequeno texto enviado pelo aluno Samuel Kauffmann. Com tom piadista, mas de moral bem interessante, ele vem nos falar da importância da pontuação!
Não se esqueçam de comentar!
Divirtam-se!



Show da língua portuguesa!


'Um homem rico estava muito mal, agonizando.

 Pediu papel e caneta. Escreveu assim:


'Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres. '

Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.

1) A irmã fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

2) O sobrinho chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres

3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Moral da história:
'A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras.Somos nós que fazemos sua pontuação. 
E isso faz toda a diferença.





quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Crônica do Dia

Hoje trazemos uma crônica bem imaginativa! O autor é o aluno Oswaldo. Divirtam-se!
  
                                                                       Imaginação

Nossas palavras são a representação falada ou escrita de tudo aquilo que nos vem à mente e queremos torná-lo conhecido aos outros.
Em algumas circunstâncias são elas apenas a rememoração de fatos já vividos.
Em outras, expressam somente o imaginado. Nesse caso, e dependendo da capacidade inventiva do imaginador, ele pode prender sua platéia por horas a fio.
Essa experiência de espectador e expectador eu vivi no meu tempo de colégio.
Estudava na minha turma um paraense, de Conceição de Araguaia.
Era um típico caboclo "amazônida", mas dotado de uma fulgurante imaginação e uma palavra fácil.
Contava vários casos verdadeiros ou nem tanto verdade, mas ficávamos esperando que a hora de recreio não chegasse ao fim.
Era sempre um prazer ouvi-lo.
O tempo não passava para nós, ou, melhor dizendo, o nosso tempo estava sempre no fim porque só ouvíamos a campainha convocando-nos ao dever ou ao sono_ conforme o momento.
Lembro-me, também, de quando morava na Vila Rodrigues Alves, distante umas três horas de remo* da cidade de Cruzeiro do Sul, no Acre.
Lá vivia um senhor que gostava de contar histórias fantasiosas.
Uma delas era que um agricultor da localidade, plantador de mandioca (aqui no Rio, aipim), também criava galinhas.
Um dia ele sentiu falta de uma galinha.
Procura de cá, procura de lá, e descobriu, por fim, que a galinha estava no outro lado do rio.
Mas, como conseguira ela lá chegar, se o rio na época da seca tinha mais de cinqüenta metros de largura, e agora estavam em época de cheia?
Nenhum morador da vizinhança a levara. Entretanto ela lá estava, feliz da vida.
Todos, na vila, começaram a procurar uma explicação para tal proeza da galinha.
Já ao final da tarde alguém descobriu, na plantação de aipim do dono da galinha, um imenso pé de mandioca, com uma batata muito, muito grande.
O mais curioso era que a macaxeira estava oca e com marcas de bicadas de galinha.
Ao exame atento dos agricultores e ao espanto geral, chegou-se à conclusão de que a galinha fizera um túnel na mandioca e saíra do outro lado do rio.
Com isso estava aberto o caminho para a construção de todos os túneis do país.
três horas de remo: as pessoas embarcavam numa canoa, onde um ou mais remadores impulsionavam a embarcação com a força de seus braços, utilizando-se de remos.


Oswaldo Pereira

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Crônica do Dia

Hoje mentiremos pra vocês! Mas não qualquer mentira. Essa tem pontos, vírgulas e muita imaginação. Partida de um tema dado em aula (a própria Mentira) e tendo sido inspirada pela crônica "O Homem que falava Javanês" de Lima Barreto, ela foi imprimida em máquina de escrever pelas mãos do nosso aluno Homero, de maneira bastante divertida e criativa. Divirtam-se!


Verdades Tingidas de Mentira

Outro dia, vendo um desses programas matinais da TV, onde ensinam a pescar, sem que, nem sempre, lembrem de dizer o que seja pesca. Falaram de Deus, aborrecido com tudo isso de errado que estamos fazendo, resolveu inverter a ordem das coisas, para que com isso nos coloque em alerta. E quem sabe, resolvamos criar juízo e fazer do mundo aquilo que todos vêm prometendo desde que o mundo é mundo. Ouvi atentamente a explicação e logo que deu, saí por ali fazendo experiências, sem me importar muito com resultados. Afinal, a coisa estava ainda sem prazo para entrar em vigor e, assim que fosse possível, ir fazendo experiências, para quando a lei entrasse em vigor, a gente não fizesse feio.
Como eu gosto de coisas práticas e, hoje nada se consegue sem que o dinheiro corra na frente, fui ao banco e usei um talão de cheques que ainda me restava, antes dessa febre de cartões, de senhas e de créditos automáticos. Só queria ver se a inversão dos valores poderia também ser aplicada com valores, em reais.
Entrei, para o recinto de trabalho em que trabalham os caixas e eu mesmo peguei o dinheiro, coloquei o cheque para passar no computador e saí naturalmente, sem que ninguém me importunasse com perguntas. Fui para casa, muito feliz com a experiência e passei a comunicar com parentes e amigos sobre a novidade, que muitos deles ainda nem haviam ouvido falar. É claro que ninguém acreditou, que, logo em banco, onde a segurança é a alma do negócio e, em alguns deles, é até a arma do negócio, pudesse haver tamanha facilidade. Com aquele movimento que fiz, acabei por despertar toda essa gente que vive em busca de novidades e, com isso, até a estação de TV que tinha feito o programa ficou curiosa com a repercussão da notícia dada em seu programa e, principalmente, com a inovação que fiz, por cuja via iria reduzir muito o número de atendentes no banco, coisa que as empresas tanto buscam.
Pois bem, antes mesmo de terminar o expediente do banco, a notícia já havia passado de Brasília para o mundo inteiro e todos queriam saber quem teria sido a pessoa com tanta presença de espírito e, principalmente, muita coragem.
O curioso de tudo isso é que até os assaltantes de banco ficaram admirados com a informação e entraram em contato com o banco para confirmar se era verdade a notícia, querendo saber o meu nome e endereço, o mesmo acontecendo com jornais e revistas. Era tal e tamanha a corrente de pessoas interessadas, que levei um susto danado com um telefonema dizendo ser do gabinete especial de Deus, que me convocava com urgência para que eu explicasse aquela história envolvendo o seu Santo Nome. Foi um susto nada comum, Deus sair de seu estado de isolamento para falar com uma pessoa por quem todos passam sem lhe dar a menor bola. Já pensou, Deus?
Fiz a minha prece, vesti uma roupa adequada para ser recebido por Deus e fui para o endereço que me deram no telefonema. Cheguei, sem um minuto de atraso e Deus estava lá à minha espera, recebendo-me com as honras com as quais só Deus é capaz de receber.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

ATENÇÃO - Concurso de Literatura no LerUERJ!

Estudantes da graduação da UERJ, atenção!

I Prêmio de Literatura Lima Barreto

Um Concurso de Contos, Crônicas e Poesias
Participem!
Inscrições: 18/10/2010 a 22/10/2010
                        sala 11111, bloco F

Consulte o nosso EDITAL para maiores esclarecimentos.

Organização
Prof. Victor Hugo Pereira
Diego Novais         (Italiano – 5° Período)
Jefferson Evaristo  (Italiano – 3° Período)
Luana Novaes       (Italiano – 3° Período)