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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Crônica do dia

Para começarmos bem a semana, o aluno Aldo Raposo, nos traz uma crônica sobre uma filosofia de vida muito interessante. DIVIRTAM-SE!     

Filosofia de vida de um idoso

Eduardo tem 69 anos, é brasileiro, aposentado, casado com dois filhos e três netos. Deixou de trabalhar há dois anos e, finalmente, conseguiu implantar sua filosofia de vida antes, os chefes, os clientes e as empresas para as quias trabalhou ocupavam um percentual de tempo elevado da sua rotina diária, o que impossibilitava que realizasse um dos  sonhos de sua vida que era implantar conhecimentos que adquiriu ao longo da vida er poderiam ser resumidos na sua Arte de Viver. Com tudo, mesmo hoje, ele tem dificuldades em definir com clareza não só quais os aspectos mais importantes a respeito da sua existência como também em relação ao conceito de viver com sabedoria. Nessa sociedade em que habita, em muitas ocasiões, pessoas e instituições lhe parecem indignas e irracionais. Isto se reflete sobre ele e é algo que o inquieta, pois tem a certeza de que muito tem a refletir e a investigar a respeito.
A pós a aposentadoria e os filhos criados, ele se sente com mais tempo e se considera dono do livre arbítrio  para escolher os melhores caminhos a seguir. Acredita nas verdadeiras palavras de Cristo no Novo Testamento, mas, inúmeras vezes, não está de acordo com as palavras disseminadas pelos religiosos e pelas religiões. Crê na democracia como a melhor forma de governo para o Brasil e reconhece a importância de uma imprensa livre. Decide quais as pessoas que considera amigas; Escolhe formas de lazer; Local para morar; E a quem amara de maneira duradoura.
Além disso, percebe que suas ações são motivadas: Valores; Sonhos; Vontades; Paixões; Amor pela família; Necessidades de comer; Dormir e atender aos instintos sexuais. Na busca de uma qualidade de vida: Pratica esportes cinco vezes por semana; Controla os níveis de stress; Faz exames médicos  preventivos; Frequenta grupos de terceira idade; E se alimenta de legumes, frutas e produtos saudáveis. Percebe com clareza que seus grandes ideais dão direções mais claras e definidas aos caminhos que trilham. É também influenciado e movido por pessoas que o cercam: Esposa; Filhos; Líderes políticos e religiosos; Orgãos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Brasil; Imprensa informatizada, escrita, televisada e falada. é bem verdade que vive em uma eterna reflexão para decidir corretamente, levando em conta todos os fatores citados e mais buscar a felicidades e o prazer, considerados por eles como os principais vetores da vida. Todavia, diariamente as vinte e quatro horas de que dispõe são dilaceradas e almejadas pelos que o rodeiam (Seres humanos e máquinas) e ele considera, por incrível que pareça, que ainda tem pouco tempo para sua individualidade e liberdade. Certamente, a busca por tal liberdade inclui aumentar o tempo de que dispõe para reflexões e leituras.
Ele tem consciência de que  o poder executivo honera os brasileiros com impostos diversos, o que obrigado todos a gastarem em parcelas ponderável dos salários. Fala-se que se trabalha a cerca de 12 meses e paga-se anualmente o valor de quatro de sal´[ario em impostos. Como retorno, a imprensa denuncia corrupção nos vários níveis do executivo (como o Mensalão do PT, liderados pelo Dirceu; o Mensalinho do DEM; o tráfego de influência da microempresa do Pallocci; a gestão fraudulenta dos familiares da Erenice Guerra; o recebimento de propina pelo ex governador Roriz  e sua família; a corrupção nos ministérios dos transportes e dos turismos etc, etc). Como retorno, o Brasil tem uma educação deficiente, mostradas pelos indicadores de avaliação. Como retorno, a rede de saúde é precária e a segurança nas cidades e nos campos deixa a desejar. Os tentáculos do Leviatão de Hobbes na sua versão brasileira, encontraram os cidadãos, tornando-os escravos de elevados impostos e de excessivas regulamentações, devolvendo muito pouco em troca do que lhe é dado. Por sua vez, o poder legislativo é lento, com, vários dos seus políticos corruptos e corruptores e que não defendem os reais interesses dos seus eleitores. Quanto ao poder judiciário, ele apresenta inúmeras limitações, entre elas: Morosidade dos processos e excessivos graus de recursos apelativos. Isto se observa nos níveis federal, estadual e municipal. Entretanto, apesar de todas essas mazelas e corrupções, ele percebe que o Brasil está melhorando os níveis de distribuição de renda e é reconhecido internacionalmente como um dos países em desenvolvimento com economia puljante ao lado da Federação Russa, China, Índia e Africa do Sul(BRICS). Eduardo conhece bem as potencialidades do país e de seu povo e acredita em dias melhores.
Em função do que pensa e analisa, percebe que são muitos os fatores que influenciam e limitam sua vida. Diz também que, para ele, viver bem é acreditar em Deus e relacionar-se intensamente com o próximo, amando-o ou não. Tem a convicção de que o seu "Norte" é almejar o aprimoramento contínuo e obter liberdade e boa qualidade de vida. Ele sabe que as ações dos poderes constituídos continuarão a ocupar seus maus pensamentos, pois o "Leviatã brasileiro" estará sempre na espreita, impondo mais impostos e novas legislações. Entretanto, tem  consciência de que deve continuar oi processo cíclico e regenerativo de reflexão dialética com ele mesmo investigando sempre o mundo que o rodeia e tirando conclusões, de modo a decidir com sabedoria e aprimorar, cada vez mais, a sua arte de viver. 
Pude conviver de perto com Eduardo na Universidade Aberta da Terceira Idade da UERJ e, após muitas conversas e trocas de ideias, foi possível transcrever nessa crônica sua Filosofia de Vida. 

Aldo Raposo                                           
                                                  

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